sábado, 8 de setembro de 2007

Pois é, pra que...

Era uma vez... tudo era tão importantea fé, a esperança, os ideaisque se tornaram depois,meros enganos banais... pois é, pra que?... O grito de guerra, desentalado da gargantano meio da rua, parado na retrancaouvindo também, palavras cruéisde quem não entendia, a fé dos fiéis. Um homem... uma mulher... no meio de tantos, apenas irmãosenlaçados pela emoção,a fé cega que unia todos, num só coração! pois é, pra que?... A longa estrada, que levou a nadadiscursos sem fim... gente sentada no capimdo estádio de futebol, sob o forte solCGT... CUT... mentiras, mentiras, mentiras... Amigos que ficaram, que apenas esperarampelo banquete que a vida prometia_Justiça social sem demagogia!_mas era uma vez, e o príncipe virou sapo... pois é, pra que?... Não foi inútil a aglomeração, a caminhadainútil foi, a esperança caladade ver tudo mudar, na pátria renovadasó um sonho bandido, mais nada... Trocou o patrão, não trocou a razãolucros, lucros, sempre lucros!O tempo não parou, como a gente pensavaninguém virou herói, como a gente esperava... pois é, pra que?... Dentro do peito, o coração envelheceue não viu, não sentiu, tudo que sonhouimpassível assistiu, o sangue no asfalto, as mortesas causas deixarem de ser nobres... O tesouro que tinha, lá no fim do mundoera só uma miragem, um engano profundonada mais que ilusão, amarfanhando o coração...pois é... pra que?

Tere Penhabe

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